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Impeachment de Lula: Oposição faz o pedido após TCU bloquear R$ 6 bilhões do programa Pé-de-Meia

  • Foto do escritor: Eduardo Gomes
    Eduardo Gomes
  • 23 de jan.
  • 2 min de leitura
 Presidente Lula (PT)
Presidente Lula (PT)

Medida do TCU gera controvérsia sobre gestão fiscal do governo


Uma decisão recente do Tribunal de Contas da União (TCU) bloqueando R$ 6 bilhões destinados ao programa social conhecido como Pé-de-Meia provocou uma onda de debates e críticas entre lideranças políticas. A medida, anunciada na quarta-feira, 22, baseia-se na alegação de que os recursos não estavam devidamente previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), gerando suspeitas de irregularidades fiscais. Políticos da oposição classificaram o caso como um exemplo de "pedalada fiscal" e cogitaram a abertura de um processo de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


O programa Pé-de-Meia, desenvolvido pelo Ministério da Educação, busca incentivar a educação por meio de poupanças financeiras destinadas a estudantes do ensino médio. Com cerca de 3,9 milhões de beneficiários, a iniciativa é vista como uma tentativa de reduzir desigualdades sociais e promover a permanência escolar. Contudo, a fonte de financiamento do programa — o Fundo de Custeio da Poupança de Incentivo à Permanência e Conclusão Escolar (Fipem) — tornou-se o ponto central das discussões no TCU. Parlamentares críticos argumentam que os repasses foram realizados sem a devida autorização legislativa, o que colocaria em dúvida sua legalidade.


A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) manifestou-se em suas redes sociais afirmando que "todas as evidências apontam para uma nova pedalada fiscal". Ela também reforçou a necessidade de o Congresso investigar o caso com seriedade, destacando questionamentos prévios ao ministro da Educação, Camilo Santana, sobre possíveis inconsistências no programa. "Lançaram um projeto sem previsão no orçamento, ainda por cima em ano eleitoral. Isso não pode passar despercebido", criticou a parlamentar.


Por sua vez, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) traçou um paralelo com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ocorrido em 2016, afirmando que o caso atual apresenta similaridades preocupantes. "A utilização de recursos sem respaldo legal é um crime contra o orçamento público. Este é mais um motivo claro para a abertura de um processo de impeachment. Precisamos de mobilizações populares para exigir responsabilidade fiscal", declarou ele em suas redes sociais.


Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acusou diretamente o governo Lula de repetir erros passados e enfatizou que a gestão inadequada dos recursos coloca a credibilidade do país em risco. Segundo ele, o desrespeito às normas fiscais revela uma prática que não pode ser tolerada. "Essa situação é um retrato fiel do desprezo pela legislação orçamentária", declarou.


Embora o TCU tenha permitido que parte dos recursos — especificamente os R$ 6,1 bilhões oriundos do Fundo Social — seja utilizada para financiar o programa em 2024 e 2025, tal liberação está condicionada à estrita observação das normas fiscais. Por outro lado, valores provenientes de fundos como o Fundo de Garantia de Operações (FGO) e o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC) continuam bloqueados por falta de aprovação adequada.


A decisão do TCU e suas consequências chegam em um momento de tensão política e econômica no país, colocando em xeque a capacidade do governo de equilibrar compromissos sociais com as exigências legais e fiscais. O caso segue sendo amplamente discutido no cenário político, com novos desdobramentos esperados nas próximas semanas.



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